O tema da longevidade da população merece a reflexão de diversas entidades, investigadores e técnicos envolvidos no cuidado à comunidade, que se reunirão numa jornada de trabalho no dia 11 de dezembro, em Bragança.
Nas últimas décadas, a expectativa de vida aumentou significativamente em todo o mundo. Quem nasceu em 1960, quando as Nações Unidas começaram a compilar dados globais, poderia esperar viver até os 52,5 anos. Hoje, a esperança de vida ao nascer em Portugal aumentou para 81,17 anos. Segundo o Instituto Nacional de Estatística, um bebé que nasce agora em Portugal pode esperar viver até aos 78 anos se for rapaz e até aos 84 anos se for rapariga.
A conclusão natural é que tanto os avanços da medicina moderna quanto as iniciativas na área de saúde pública nos ajudam a viver mais.
Esta nova realidade, que coexiste com o forte declínio da natalidade, resulta em sociedades mais envelhecidas, caracterizadas por um evidente desequilíbrio etário, que acarreta enormes desafios de sustentabilidade económica e social.
Essas são algumas das questões que têm ocupado os investigadores e que preocupam as entidades e técnicos responsáveis pela implementação de políticas que garantam o equilíbrio necessário para manter sociedades com crescimento saudável.
Além disso, a maior longevidade exige também a adoção de programas que promovam o bem-estar e a saúde dos idosos.
Esses e outros temas estarão em discussão, numa reflexão conjunta, onde se pretende partilhar estudos científicos e o conhecimento pragmático, ainda que por vezes empírico, de quem diariamente lida com essa nova realidade.
A Jornada “Novas Sociedades Longevas” acontece no dia 11 de dezembro de 2024, no Auditório Paulo Quintela, em Bragança, Portugal, como um projeto inovador focado na longevidade e bem-estar da sociedade.
Participarão da abertura desta jornada a Fundação General da Universidade de Salamanca, o Instituto Politécnico de Bragança, o Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Bragança e o Município de Bragança.
No primeiro painel, com o tema “Envelhecimento Ativo – Novos Desafios Locais”, diversas instituições locais darão seus testemunhos: ULSNE – Cuidados na Comunidade; Segurança Social – Nova Geração de Equipamentos e Respostas Sociais; Município de Bragança – Radar Social; PSP – Policiamento de Proximidade; GNR – Censos Sénior / eGuard; BVB – Acompanhamento aos Serviços de Saúde e de Apoio Social; UIPSSDB – Desafios das Respostas de Apoio Social para Idosos.
No período da tarde, o tema abordado será “Georreferenciação de Recursos Locais para a Promoção do Envelhecimento Saudável: Saúde Social e a Importância do Trabalho em Rede”.
São oradores convidados Ricardo Pocinho, que é, entre outras funções, Presidente e Coordenador Científico da Associação Nacional de Gerontologia Social, e Irene Lebrusán, doutora em Sociologia, que atualmente é professora da Universidade Autónoma de Madrid e colabora com o Centro Internacional sobre Envelhecimento e Longevidade (CENIE), onde coordena a área de Sociedades Longevas.
Por fim, no encerramento, participarão o Município de Bragança, o Conselho Económico e Social, a ULSNE e o Centro de Competências de Envelhecimento Ativo.
A participação nesta jornada é gratuita, mas a inscrição é obrigatória.
Link para Inscrição: https://shorturl.at/ZZepF
O projeto Novas Sociedades Longevas (0137_NSL_6_E), é financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do Programa de Cooperação Interreg VI A Espanha – Portugal (POCTEP) 2021-2027.
